by Marcelo Forggi - Sommelier e Advogado

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Cristãos iranianos são condenados a 80 chicotadas por beber vinho

Quatro homens foram sentenciados depois do “crime” de beber vinho na comunhão


A intolerância religiosa é definitivamente um dos problemas do “mundo antigo” que não foi solucionado até os dias de hoje. Uma das últimas demonstrações desse problema ocorreu no Irã. Segundo um boletim de notícias católico, Independent Catholic News, quatro cristãos foram sentenciados a levar 80 chibatadas depois de terem bebido vinho durante a comunhão, prática comum no catolicismo, mas proibida pelo islamismo.

A corte da cidade de Rasht, autuou Behzad Taalipasand, Mehdi Reza Omidi, Mehdi Dadkhah and Amir Hatemi, membros da “Igreja do Irã”, e eles têm até quarta-feira, dia 30 de outubro, para recorrerem.

“As sentenças impostas a esses membros da Igreja do Irã efetivamente criminalizam os sacramento cristão da comunhão e constituem uma violação inaceitável do direto de praticar sua fé livre e pacificamente”, aponta Mervyn Thomas, diretor do instituto Christian Solidarity Worldwide. “

"Nós pedimos às autoridades iranianas para garantir que as práticas e os procedimentos legais do país não contradigam sua obrigação internacional sob a Convenção Internacional de Direitos Civis e Políticos, para garantir a plena liberdade de religião ou crença de todas as comunidades religiosas", acrescentou.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Vinho evita pedra nos rins


De acordo com uma pesquisa realizada por pesquisadores nos EUA e na Itália, consumir bebidas como vinho (tinto e branco) e café pode diminuir o risco de ter pedras no rim.

Durante oito anos, os especialistas estudaram os hábitos de cerca de 194 mil pacientes que nunca haviam sofrido do problema. Uma ou duas vezes por ano, eles reportavam o que haviam bebido e se havia alguma ocorrência de pedras no rim.

Com base nos resultados, a equipe concluiu que as bebidas associadas ao baixo risco de aparecimento de pedras no rim são, em ordem decrescente, a cerveja (41%), o vinho branco (33%), o café (33%) e o vinho tinto (31%).

Entre as bebidas que mais aumentam as chances estão refrigerantes, bebidas adoçadas artificialmente e ponches.

Fonte: Revista Adega


Vinho e a dor de cabeça

O mais comum é associarmos as palavras vinho e dor de cabeça à ressaca. Mas algumas pessoas sofrem dessas dores com apenas uma taça do fermentado. Entre as explicações populares está o efeito do SO2, que é o conservante existente na bebida.

O SO2, também conhecido como dióxido de enxofre ou anidrido sulfuroso, é adicionado ao vinho tinto para protegê-lo contra os efeitos da oxidação, atuando como um agente antimicrobiano. Além de ser adicionada ao fermentado, a substância também é produzida naturalmente pelas leveduras durante a fermentação.

Entretanto, não há conclusões definitivas sobre esse elemento ser o causador das dores de cabeça. Os sulfitos também estão presentes em damascos e outros frutos secos, alimentos que também trariam mal estar quando consumidos, caso a culpa fosse totalmente desta substância.

O fato de os vinhos brancos estarem menos relacionados às dores de cabeça, mesmo com uma maior dosagem de SO2, permite apontarmos outros culpados para o possível mal estar.

Nestes casos as histaminas, a tiramina e os taninos são os segundos suspeitos.

As histaminas são produzidas pelo organismo e ingeridas por meio dos alimentos. Os vinhos tintos contêm de 20% a 200% mais da substância que os brancos e pessoas alérgicas podem ter os vasos sanguíneos dilatados e contraídos, resultando no mal estar.


Já a tiramina prejudica mais durante a ingestão de vinhos muito jovens ou aqueles que não são adequadamente filtrados ou foram mal estocados. Os taninos atuam como potentes antioxidantes, servindo para conversar, dar cor e aroma ao vinho. No entanto, são liberadores de serotonina, um neurotransmissor que em altas quantidades pode provocar este desconforto.

O mais provável é que o mal estar, na verdade, seja resultado de um somatório de fatores, cabendo a cada consumidor identificar o que mais lhe afeta.

No entanto, existem algumas dicas para tentar evitar dores de cabeça após o consumo do néctar de Baco:

- Tente sempre escolher vinhos de boa qualidade;

- Prefira vinhos com teor baixo de álcool;

- Lembre-se de ingerir água entra uma taça e outra para manter-se hidratado.

O segredo para quem tem dores frequentes é adaptar-se, sem deixar de usufruir dos benefícios que um bom vinho pode trazer para a sua saúde e para a sua vida.


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

CÂNCER DE MAMA



Numerosos estudos médicos têm produzido evidências de que o vinho pode ajudar a prevenir alguns tipos de câncer, e até a tratá-los. Dessa vez, a boa notícia do mundo de Baco é para as mulheres que sobreviveram ao câncer de mama.

Trata-se de um estudo do Fred Hutchinson Cancer Research Center, realizado com cerca de 5.000 pacientes de câncer de mama, e publicado recentemente no Journal of Clinical Oncology.

Fred Hutchinson Cancer Research Center é uma organização de pesquisa sem fins lucrativos, que trabalha pela prevenção, detecção e tratamento do câncer e de doenças relacionadas. De renome mundial, conta com três cientistas reconhecidos pelo prêmio Nobel.

Segundo esse estudo, as mulheres que tiveram câncer de mama não precisam virar abstêmias, e podem, inclusive, beneficiar-se do consumo moderado de vinho.

Contrariando pesquisas anteriores, que relacionavam o consumo de álcool ao aumento do risco de desenvolver câncer de mama, esses pesquisadores afirmam que o hábito de beber vinho, antes e depois do diagnóstico, não tem impacto sobre as taxas de sobrevivência à doença.

Os pesquisadores revelaram que o consumo de álcool nos anos que antecederam o diagnóstico não foi associado com a probabilidade de morrer de câncer de mama.

Na realidade, o estudo afirma, inclusive, que o consumo moderado traz até um pequeno benefício para essas mulheres, na medida em que diminui o risco de morte por doença cardiovascular, que é a principal causa de mortalidade entre as mulheres que ficaram curadas do câncer de mama.

Aquelas mulheres que relataram ter consumido entre 3 e 6 taças de vinho por semana, nos anos que antecederam o diagnóstico, demonstraram ter 15% menos chance de morrer de doenças cardiovasculares do que as que se declararam abstêmias.

Polly Newcomb, o principal autor do estudo, e diretor do Programa de Prevenção ao Câncer do Fred Hutchinson Center, aventou, ainda, a possibilidade das mulheres que bebem com responsabilidade serem mais sensíveis às terapias hormonais, o que ainda precisa ser mais pesquisado.

Sempre vale lembrar que moderação é palavra de ordem, que a opinião que realmente importa é a do seu médico, e que, se há controversas mesmo entre cientistas, imagine, então, entre nós, leigos no assunto, mas amantes do vinho!



quinta-feira, 3 de outubro de 2013


Conheça o aplicativo para vinhos Vivino Wine Scanner

As redes sociais chegaram aos enófilos. Apreciadores de vinho agora contam com uma maneira prática para obter informações sobre determinada bebida, sem a necessidade de consultar sites especializados ou enólogos. Diante de uma rede com mais de 800 mil rótulos cadastrados, o aplicativo Vivino Wine Scanner, feito para Android e iPhone, é um dos mais populares da categoria, que já conta com inúmeros lançamentos.

Lançado em 2009, pelo dinamarquês Heini Zachariassen, o programa reconhece os rótulos das garrafas através da captação de imagem. Para saber sobre um vinho específico, basta fotografá-lo e aguardar poucos segundos para que o programa lance informações sobre a bebida, como nome, produtor, casta, safra, região, composição, locais de venda e sugestões de harmonização.

Um dos maiores atrativos do aplicativo é a avaliação. Cada rótulo reconhecido possui uma nota, que é elaborada através do cruzamento de pontos fornecidos pelos usuários que já consumiram o vinho. O sistema funciona através de estrelas: 1 – Não gostei, 2 – Ok, 3 – Bom, 4 – Ótimo e 5 – Sensacional. Através da pontuação, o programa elabora rankings. Por exemplo, ao reconhecer o pinot noir Doña Paula, o Vivino lança os seguintes dados: quatro estrelas na classificação geral,  com avaliação de 58 bebedores.  Pelo aplicativo, o vinho é considerado o 2.988º melhor da Argentina (de 28 mil rótulos cadastrados), o 22º melhor (de 210) da sua vinícola e o 91.698º melhor vinho do mundo (de 865 mil registros).



A classificação também traz uma descrição da vinícola para quem não confia apenas nos números. O texto usualmente traz explicações sobre cor, aroma, acidez, entre outras especificidades. Se o Vivino não reconhece um rótulo, ele estabelece um prazo de até dois dias para que o cadastro seja inserido no sistema.

Cada usuário assume um perfil semelhante ao do aplicativo de fotos Instagram (com o layout todo em cor de vinho, é claro). Os amigos podem ser importados e convidados através do Facebook. As imagens ficam organizadas na ordem em que foram incluídas. O aplicativo não contém mecanismo de busca pelo nome do vinho, mas as bebidas podem ser encontradas pelo filtro de “preço mais baixo”, “preço mais alto” e “melhor classificado”, caso o usuário deseje encontrar um vinho que bebeu há algum tempo.

Outra característica fundamental do aplicativo é que ele é gratuito. Quem quiser pagar US$ 4,99 mensais e se tornar um usuário Vivino PRO pode obter mais sofisticação, embora o sistema seja completo para quem deseja apenas ter uma ideia geral sobre o vinho que está escolhendo, bebendo ou comprando.

Na esfera social, o programa permite “curtir” o vinho do amigo, adicioná-lo a sua lista de desejos (para ter onde consultar na hora da dúvida) e comentar. Outra ferramenta interessante é a de localização. O Vivino procura locais de comercialização próximos ao usuário, como restaurantes, supermercados e lojas que vendem os vinhos cadastrados.

O sistema ainda não inclui bebidas brasileiras, sendo os rótulos mais populares da França, Espanha, Itália, Estados Unidos, Chile, Argentina, Austrália, Alemanha e Portugal.

De acordo com o site do aplicativo, estão inseridos no programa mais de 32 mil vinícolas, 849 mil vinhos, 44 regiões produtoras, 48 países, 538 castas, 1,8 milhões de avaliações, 175 mil pontos de comércio e 112 mil vinhos com preços.

Confira o vídeo explicativo lançado pelo Vivino:





E.L. James lança linha de vinhos com a marca ‘50 Tons de Cinza’

A autora lança linha de vinhos, bebida preferida do casal Anastasia e Christian Grey


A britânica E.L. James pode até não saber se vai continuar a escrever ficção erótica, dando sequência a seu fenômeno Cinquenta Tons de Cinza, mas ela certamente encontrou uma forma de continuar em evidência e de turbinar sua conta bancária. Em março de 2012, ela vendeu os direitos de adaptação dos livros para o cinema por 5 milhões de dólares e, agora, acaba de lançar uma linha de vinhos com a marca de sua trilogia erótica, já que Anastasia e Christian Grey, os protagonistas da série, estão sempre com uma taça de vinho na mão.

E.L. James também fez o texto de apresentação das bebibas: “O vinho é parte importante no enredo de Cinquenta Tons de Cinza, ele contribui para a sensualidade impregnada nos encontros dos personagens. Eu sempre gostei de um bom vinho, então combinar duas das minhas paixões para fazer Red Satin e White Silk foi uma consequência natural da trilogia Cinquenta Tons de Cinza. Espero que todos vocês se enrosquem com uma taça enquanto aproveitam o romance de Anastasia e Christian”.

Red Satin mistura aromas de cereja, cacau em pó, creme de caramelo e baunilha e cravo. Já White Silk é um misto de aromas florais de lichia e mel com grapefruit, pera e um leve toque de caramelo. Nos rótulos das garrafas, uma sugestiva frase, proferida à exaustão por Christian Grey nos romances de E.L. James: "You are mine" (Você é minha). As garrafas custam 17,99 dólares, cerca de 39 reais, e estão disponíveis para venda online para residentes dos Estados Unidos.